segunda-feira, 17 de abril de 2017

Luizianne assina representação contra Bolsonaro

No Blog da Lôra
Documento, encabeçado por coletivo feminista e parlamentares, foi protocolado na PGR nesta terça-feira. Ele pede que Bolsonaro seja responsabilizado por injúria, improbidade administrativa e violação da dignidade das mulheres
A deputada Luizianne Lins, junto a um grupo de deputadas, senadoras e coletivos feministas, protocolou nesta terça-feira (11/4) uma representação contra o deputado federal Jair Bolsonaro. O documento pede providências contra o discurso de “ódio e de intolerância que tem marcado sua atuação no parlamento e fora dele, notadamente contra os direitos humanos e as minorias”, em especial no que se refere à fala do parlamentar em palestra no Clube Hebraica no Rio de Janeiro, no último dia 3 deste mês.
De acordo com a peça, em seu discurso, Bolsonaro faz referência e ofensas às mulheres, às comunidades indígenas e quilombolas, como nesta frase de conteúdo misógino: “Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”.
Endereçado à procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, o documento é assinado por: Coletivo de Democracia Feminista Nacional, Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Coletivo Mulheres Defensoras Públicas do Brasil, Benedita da Silva, Érika Kokay, Luizianne Lins, Margarida Salomão, Fátima Bezerra, Gleisi Hoffmann e Vanessa Grazziotin.
“Violência contra a mulher é definida doutrinariamente como qualquer conduta, seja de ação ou omissão, de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privados. O discurso do deputado Bolsonaro é arraigado de preconceitos. Sua misoginia não poupa sequer a própria filha. É o discurso que violenta e mata diversas mulheres todos os dias.”, detalha a representação.
A representação solicita que o caso seja levado à PGR para que sejam promovidas as investigações penais pertinentes e ofertada denúncia por injúria, instaurado inquérito civil a fim de apurar atos de improbidade administrativa, além de ação de reparação moral por danos coletivos, em face da violação da dignidade das mulheres.