sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Mais de 100 países desafiam Trump e votam contra decisão dos EUA

Na Carta Capital
Por 128 votos a favor, nove contra e 35 abstenções, os Estados-membros da ONU aprovaram numa sessão de emergência, nesta quinta-feira 21, uma resolução rejeitando a medida dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
No texto, a Assembleia Geral reafirmou que o status de Jerusalém é uma questão que deve ser resolvida por meio de negociações de paz. Além disso, a resolução afirmou que qualquer decisão contrária não possui efeito legal e deve ser rescindida.
Diferentemente do Conselho de Segurança da ONU, nenhum país-membro das Nações Unidas tem poder veto na Assembleia Geral, cujas resoluções não são vinculativas, mas sim mensagens de peso político.
Uma porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, saudou a decisão da ONU e afirmou que ela representa uma vitória para os palestinos. "Continuaremos nossos esforços nas Nações Unidas para acabar com a ocupação e criar o Estado palestino", acrescentou.
Em 6 de dezembro, o presidente dos EUA, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como a capital de Israel e, dessa forma, rompeu com um consenso internacional e desencadeou protestos no mundo muçulmano. Em seguida, vieram ondas de apelos às Nações Unidas.
A ideia de Donald Trump despertou uma onda de violência na região (Nicholas Kamm/AFP)

Além disso, políticos aproveitaram e foram a público defender suas causas. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aproveitou para pressionar países europeus a seguir o exemplo dado por Trump. Por outro lado, o governo da Turquia incentivou países muçulmanos a declararem Jerusalém Oriental capital palestina. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu abrir uma embaixada da Turquia no lado oriental da cidade sagrada.
 Antes da reunião da Assembleia Geral da ONU, Trump advertiu que Washington observaria atentamente como os países iriam votar, sugerindo que poderia até haver represálias.
"Eles tomam centenas de milhões de dólares – e até bilhões de dólares – e depois votam contra nós", disse Trump. "Bem, estamos assistindo a estes votos. Deixe que votem contra nós. Iremos economizar bastante. Não nos importa."
EUA usaram veto no Conselho de Segurança

Na segunda-feira, os Estados Unidos vetaram uma resolução apoiada por 14 países no Conselho de Segurança da ONU, que solicitava que Washington voltasse atrás em seu reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel e na decisão de mudar sua embaixada para essa cidade.
Apresentada pelo Egito, a resolução recebeu o apoio inclusive de tradicionais aliados americanos, como Reino Unido, França e Japão. O texto pedia que fosse rescindida qualquer decisão contrária ao estabelecido pelas Nações Unidas em relação a Jerusalém e solicitava que os países evitassem estabelecer missões diplomáticas na cidade.
Leia também:


A resolução lamentava as "recentes decisões" sobre o status da cidade, em referência à decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
"Nenhum país vai dizer aos Estados Unidos onde podemos colocar nossa embaixada", disse a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, após usar pela primeira vez o seu direito de veto desde que assumiu o cargo. Ela alegou que a medida de Trump sobre Jerusalém é uma decisão soberana de seu país e insistiu que o movimento não prejudica em nada o processo de paz no Oriente Médio, que está travado há anos. "O que vimos no Conselho de Segurança é um insulto e não será esquecido".
Esse foi o primeiro veto do governo Trump no Conselho de Segurança. A última vez que a Casa Branca tinha utilizado o poder de bloquear decisões contrárias aos interesses no principal órgão de decisão da ONU foi em 2011. Além dos EUA, o Reino Unido, a China, a França e a Rússia possuem o poder de vetar resoluções do Conselho de Segurança.
Jerusalém abriga locais sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos (Thomas Coex/AFP)
Cidade disputada

O status de Jerusalém é uma das questões centrais no conflito entre israelenses e palestinos. Israel capturou a parte oriental, predominantemente árabe, da cidade sagrada durante a Guerra dos Seis Dias (1967). Sua reivindicação para toda a cidade, a qual Israel vê como a antiga capital do povo judeu, nunca foi reconhecida internacionalmente.

Israel considera a Cidade Sagrada a sua capital "eterna e indivisível", enquanto os palestinos defendem que a porção leste de Jerusalém deve ser a capital de seu almejado Estado, sendo este um dos maiores desentendimentos entre as duas partes.
As Nações Unidas estabelecem que o status de Jerusalém deve ser definido em negociações entre israelenses e palestinos, razão pela qual os países com representação diplomática em Israel têm suas embaixadas em Tel Aviv e imediações.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Lula mantém liderança com 45% de aprovação, diz Ipsos

No PT.org
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue como o candidato à Presidência preferido pelos brasileiros.  Pesquisa Ipsos divulgada nesta quarta-feira (20) pelo jornal “O Estado de S. Paulo” aponta que 45% dos entrevistados aprovam o nome do petista registrando o ápice de aprovação na série histórica do instituto de pesquisa. Por outro lado, os “presidenciáveis” de outros partidos seguem caindo.
Enquanto a mídia e o Judiciário tentam impedir que Lula concorra às eleições do ano que vem, sua aprovação junto ao povo só aumenta: 28% em junho, 29%, 30%, 40%, 43% e agora 45%. A desaprovação registrou queda de 14%.
Em entrevista dada ao jornal paulista, o diretor do Ipsos Danilo Cersosimo afirmou que a melhora exponencial da imagem de Lula é vinculada à lembrança do povo de seus governos e programas sociais, principalmente nesse cenário de perda de direitos e queda na qualidade de vida.
“Lula é bastante associado a causas sociais e essa associação é relevante em um momento de degradação do emprego, economia e dos programas de assistencialismo e fomento de políticas públicas de combate à desigualdade, que vem aumentando no Brasil”, disse ao jornal.

Golpistas tem imagem degradada


Já os outros candidatos, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e o deputado Jair Bolsonaro (PSC) seguem em queda, segundo a Ipsos.
Alckmin, que já perde para Lula em São Paulo, estado governado pelo PSDB há 23 anos, teve um aumento na rejeição de 67% para 72%.
Quem o aprova caiu de 24% para 19%. Bolsonaro também segue em queda e é reprovado por 62% dos entrevistados. Marina Silva (Rede) também caiu, registrando um recuo de oito pontos na aprovação, vista favoravelmente por 28% e desaprovada por 62%.

Da Redação da Agência PT de Notícias com Estadao.com.br

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Agronegócio do Ceará tenta calar pesquisador que usou “veneno” em vez de “defensivo agrícola”

No Viomundo
Nota Abrasco ‘Contra a censura e intimidação de pesquisadores e pelo direito de se produzir ciência em defesa da vida’

A Associação Brasileira de Saúde Coletiva vem a público manifestar seu repúdio à interpelação judicial demandada pela Federação da Agricultura do Estado do Ceará – FAEC, contra Fernando Ferreira Carneiro, pesquisador da Fiocruz e membro do Grupo Temático de Saúde e Ambiente da Abrasco, por ter divulgado dados do SUS sobre a classificação do Ceará na comercialização de agrotóxicos entre os estados brasileiros.
O uso de agrotóxicos é um problema de alta relevância para a saúde pública, a ciência e para a defesa da vida no Brasil, país com um dos maiores mercados consumidores de agrotóxicos do mundo.
A Abrasco tem desenvolvido diversas iniciativas para trazer ao conhecimento da população os impactos decorrentes do aumento do uso de agrotóxicos no Brasil.
A publicação “Dossiê Abrasco: um alerta sobre os impactos dos Agrotóxicos na Saúde” é o maior exemplo desse esforço coletivo dos pesquisadores de nossa entidade, juntamente com representantes de movimentos sociais e outras instituições de ensino e pesquisa, como a Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz.
A Fiocruz, instituição do Ministério da Saúde, tem se pautado por meio de atividades de pesquisa, ensino, cooperação e serviços sobre essa temática, incluindo atendimento ambulatorial e monitoramento de resíduos de agrotóxicos em água e alimentos ao longo de sua história.
A investigação dos impactos socioambientais e sanitários decorrentes do uso dos agrotóxicos é uma das principais linhas de pesquisa desenvolvidas por diversas unidades técnico-científicas da Fiocruz.
Em apresentação técnica realizada por Fernando Carneiro, em 28 de setembro de 2015, durante audiência pública para debater os agrotóxicos e seus efeitos sobre a saúde e o ambiente, convocada pelo Ministério Público em Fortaleza, foram apresentados dados do Relatório Nacional de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos, publicação de responsabilidade do Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador – DSAST, Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS, Ministério da Saúde.
Os dados mostravam que o Ceará era o terceiro maior comercializador de agrotóxicos do Brasil (em quilogramas por área plantada) para o ano de 2013.
Após a apresentação o pesquisador foi alvo de críticas e constrangimentos, especificamente, entre os anos de 2015 e 2016.
Dois anos depois do ocorrido, em 18 de novembro de 2017, Fernando Carneiro foi notificado por meio de uma interpelação judicial movida pela FAEC, questionando e solicitando esclarecimentos sobre os dados apresentados, que foram produzidos pelo SUS e divulgados pela Fiocruz Ceará. Essa interpelação[3] cita parte da entrevista concedida ao Jornal O Povo, onde o pesquisador menciona a palavra “veneno” (Jornal O Povo, 29/09/2015), conforme trecho abaixo:
“Estamos sugerindo que a agroecologia seja incentivada e que quem produz (comercializa e consome) veneno, comece a pagar impostos, para, assim, termos uma agricultura mais saudável”, defende o diretor da Fiocruz no Ceará, Fernando Carneiro. [Jornal O Povo, 29/09/2015]
Abaixo seguem os comentários dos advogados da FAEC:
“Nota-se claramente a intenção desqualificadora no uso de predicativos ao defensivo agrícola, ao nominá-lo de “veneno”. Ou ainda, ao se referir ao índice de aplicação de defensivos agrícolas como “consumo”. Denota-se, outrossim, do próprio discurso do INTERPELADO, um caráter político, ao insinuar a necessidade de majoração de impostos aos produtores de pesticidas”.
Isso é apenas um exemplo da argumentação apresentada, que vai de encontro à legislação brasileira que consagra a palavra “agrotóxico”, que como qualquer substância perigosa à saúde está muito mais próxima da designação de “veneno” do que de “defensivo”. A palavra veneno, inclusive, é devidamente estampada nas embalagens dos agrotóxicos, acompanhada do símbolo da caveira, para justamente alertar a população que os mesmos podem causar a morte. Além do mais, os agrotóxicos são isentos de uma série de impostos, chegando a isenção total em alguns estados como o Ceará, questão que agora será analisada pelo Supremo Tribunal Federal, tendo a Abrasco como amicus curiae de uma ação popular nacional contrária a essa situação.
A terminologia adotada por Fernando Carneiro foi definida na LEI Nº 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. Cabe destacar também que o Decreto Nº 4074/2002 que Regulamenta a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, determina em seu anexo VIII em relação a rotulagem das embalagens de agrotóxicos:
“1.8 Deve ser incluído no painel frontal do rótulo, na faixa colorida, círculo branco com diâmetro igual a altura da faixa, contendo uma caveira e duas tíbias cruzadas na cor preta com fundo branco, com os dizeres: CUIDADO VENENO;” (grifo nosso)
Finalmente, na interpelação, é solicitado pela FAEC que o pesquisador:
Abstenha‐se o INTERPELADO de:
a) praticar divulgações midiáticas ou qualquer outro ato sem embasamento de dados fornecidos por órgãos oficiais; ou, ainda, fundamentado em interpretações conflituosas e desvirtuadas, a exemplo das elencadas na presente; b) utilizar denominações pejorativas e/ou desqualificadoras, a exemplo da denominação “veneno”, proferida no Jornal O Povo, 29/09/2015, ao se referir aos Defensivos Agrícolas, mormente em oportunidades de divulgação de grande visibilidade;
Fernando Carneiro de fato mencionou dados divulgados pelo Sistema Único de Saúde – SUS.
A Fiocruz é instituição federal que integra o SUS, e todo estudo que revele fatos de interesse para o bem comum deve ser publicamente revelado.
Não apenas por representar o retorno aos recursos públicos investidos nos estudos e pesquisas, como também por um dever ético profissional e cidadão. Interpelações judiciais como essa revelam interesses corporativos e econômicos.
É clara a sua intenção em coibir a atuação de pesquisadores qualificados, reconhecidos no país e no exterior, com trajetória acadêmica de excelência.
O alvo não é apenas esse pesquisador, como indivíduo, mas a intimidação para aqueles que se posicionem de modo contrário aos interesses econômicos desses grupos.
Os dados mencionados, reiteramos, são informações oficiais e de pesquisas científicas sobre o uso de agrotóxicos e seus impactos.
Essa estratégia corporativa foi amplamente utilizada pela indústria do tabaco e disseminou-se para outras atividades com potencial de causar danos à saúde e ao ambiente, como a indústria de agrotóxicos.
Por quase meio século a indústria do tabaco negou sistematicamente a relação entre o cigarro e doenças como câncer, problemas cardíacos, enfisema pulmonar e doença pulmonar obstrutiva crônica, além de não admitirem que cigarro e nicotina viciam e causam dependência, tratando os mesmos como simples “hábitos”.
De fato, comitês científicos criados pelas empresas alegaram que não seria “cientificamente correto” afirmar a existência de uma relação causal entre tabaco e câncer, apesar de existirem evidências científicas suficientes comprovando o contrário.
Dessa maneira, a indústria do tabaco seguiu desqualificando pesquisadores e estudos que trouxessem evidências contrárias a seus interesses.
Este tipo de estratégia das corporações é amplamente conhecida e alvo de publicações científicas.
Fabricantes de produtos perigosos tentam influenciar a opinião pública ridicularizando cientistas cujas pesquisas ameacem poderosos interesses, desqualificando pesquisadores, ou mesmo financiando pesquisas de natureza duvidosa para criar contradições no conhecimento acumulado.
Dessa maneira, os interesses das partes envolvidas são favorecidos em detrimento das melhores decisões para a sociedade e o bem comum.
A informação e comunicação em saúde, seja ela difundida por meio de artigos científicos, documentos e outros meios de divulgação, são fundamentais para a garantia do direito à saúde, sendo uma das atribuições das instituições de ensino, pesquisa em saúde e do SUS.
As diversas formas de constrangimento e perseguição aos pesquisadores, bem como o aumento da violência no campo no Brasil já foram temas de mesas e debates nos eventos e manifestações produzidas pela Abrasco.
Os ataques também se dirigem às populações do campo, da floresta, das águas e das cidades, às instituições públicas, ao SUS e à própria democracia no nosso país.
Nesse momento, a liberdade para a pesquisa e divulgação científica está sendo ameaçada.
Utilizam-se meios judiciais para ataques empregando-se publicações sem rigor metodológico.
Essas tentativas de intimidação e cerceamento da pesquisa e ensino vêm se avolumando na atual conjuntura de ampla regressão de direitos e conquistas históricas, que colocaram o país em uma posição de protagonismo inédito no panorama mundial da ciência.
A informação em saúde é um direito da sociedade e precisa ser ampliado no Brasil, incluindo a divulgação dos impactos socioambientais gerados pelos agrotóxicos.
O episódio revela ainda um retrato preocupante para a sociedade.
A falta de transparência dos dados referentes ao uso e comercialização de agrotóxicos no Brasil, que dificulta a participação da sociedade civil e de instituições científicas no acompanhamento e investigação dos impactos decorrentes das tecnologias predominantes na agricultura brasileira.
Atualmente não são disponibilizados os volumes de agrotóxicos comercializados por cultura e por município.
Essas informações são fundamentais para a formulação de ações voltadas para a prevenção de doenças e danos decorrentes dos agrotóxicos, tais como: planejar o monitoramento de resíduos em água, solo e alimentos; direcionar as ações de diagnóstico, tratamento e prevenção de intoxicações de acordo com a toxicidade esperada dos agrotóxicos mais usados; identificar o perfil tecnológico voltado a produção das culturas e propor modos mais eficazes e seguros.
Por trás desses ataques está a tentativa de calar as denúncias e ocultar os impactos negativos trazidos pelo uso de agrotóxicos e pelo modelo de agricultura caracterizado por grandes latifúndios, produção de commodities agrícolas e uso intenso de agroquímicos e sementes transgênicas.
Tentativas de intimidação sobre pesquisadores tem a intencionalidade de gerar constrangimentos com intuito de obstruir o trabalho e os estudos sobre o tema que tem se ampliado no Brasil e demais países, devendo ser respondidas de forma contundente pela comunidade científica e entidades da sociedade em geral na exigibilidade do direito à saúde e da democracia.
Conclamamos todas e todos a repudiarem esse tipo de censura e intimidação e se somar à Abrasco, ao assinar essa nota pública de apoio ao direito à informação de toda a sociedade e de garantia à pesquisa livre e independente dos interesses e ameaças das grandes corporações que produzem e propagam o uso de venenos.
Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 2017.

Associação Brasileira de Saúde Coletiva

PT confirma: Haddad será coordenador do programa de governo de Lula

No Fórum
A equipe que ajudará Lula a elaborar o seu plano de governo para 2018 será composta também pelo economista Márcio Pochmann e o ex-deputado Renato Simões

O Partido dos Trabalhadores confirmou à reportagem da Fórum há pouco que a direção executiva da legenda, após reuniões neste final de semana, escolheu o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, para ser coordenador-geral do programa de governo de Lula para sua candidatura em 2018.
Também farão parte da equipe que elaborará o plano de governo do petista o economista Márcio Pochmann e o ex-deputado Renato Simões, como coordenadores-executivos.
Nesta segunda-feira (18), a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, já se reuniu com Lula, Haddad e os outros dois coordenadores para discutir o programa que será apresentado pelo ex-presidente em sua candidatura.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

PHA confirma nosso furo: à beira do colapso financeiro, Globo é presa fácil para Murdoch e Slim

Do Blog O Cafezinho
Abaixo, reproduzimos o artigo de Paulo Henrique Amorim e, na sequência, os principais pontos do nosso artigo da semana passada.
Do Conversa Afiada:
O Google vai googlar a Globo – e o Murdoch!
publicado 17/12/2017

A Disney comprou por US$ 66 bilhões um acervo de filmes, estúdio produtor de filmes e entretenimento para televisão, rede nacional e 22 redes regionais de tevê por assinatura dedicadas a esportes, 39% no serviço inglês de tevê por assinatura, a Sky.
Murdoch mantém a Fox News, uma sórdida expressão da Direita americana, a serviço do Trump, e o Wall Street Journal, uma catedral do Neolibelismo.
O que tudo isso tem a ver com a Globo Overseas, proprietária da maior empresa de previdência privada do país, que vai ter prejuízo já em 2017 e, por isso, acaba de demitir o dono?
O que?
O câncer que atingiu o pâncreas da Fox se espalhou no organismo da Overseas.
O Murdoch é infinitamente mais inteligente que o Roberto Irineu, o mais velho dos filhos do Roberto Marinho.
(Não perca na pág. 127 do best-seller “O Quarto Poder – uma outra história” uma descrição da superioridade intelectual do Murdoch sobre Roberto Irineu.)
Murdoch percebeu que não terá bala para enfrentar a Amazon, a Apple e a Netflix.
O Google vai googlar a Globo – e a Fox também!
Como se sabe, a Globo está à venda.
O Valdir Macedo não se interessa – a publicidade não cobre a folha de pagamentos.
Se tudo der certo, o Slim compra a Globo na bacia das almas.
O Slim, como o Murdoch (do passado…), só compra: não vende.
E só compra na bacia das almas…
Em tempo: como se sabe, a ESPN, a Fox e TBS mantêm direitos de transmissão dos melhores eventos de futebol do mundo. A Globo tem o Brasileirinho e a selecinha brasileira. Que breve, perderá, com a incriminação iminente na Corte de Nova York, já que, como diz o Palmério Dória, a Globo é da MaFIFA!
Em tempo2: o Murdoch e a Fox também aplicaram golpes de propina para obter a Copa do Mundo… Os semelhantes se atraem…
PHA

domingo, 3 de dezembro de 2017

MINISTRO DA JUSTIÇA VENEZUELANO PEDIRÁ PRISÃO DE SERGIO MORO

No Blog Gabriel Hammer
O ministro Néstor Reverol afirmou que caso as acusações de Tacla Dúran se confirmem pedirá a prisão de Sergio Moro junto a Interpol ( polícia internacional)  a justiça brasileira que trabalha em conjunto com a justiça venezuelana ambas são acusadas forjarem provas contra políticos venezuelanos na lava jato.

Com 31 países autores de pedidos de informações ou de adoção de medidas judiciais, a Operação Lava Jato é o caso que mais gerou interesse oficial de autoridades estrangeiras na história das investigações brasileiras.

A operação chamou a atenção no exterior, pois empreiteiras brasileiras, em especial a Odebrecht, usaram estruturas de geração e repasse de dinheiro ilícito com muitas empresas offshore e bancos de vários países, e porque contratos da Petrobras com fornecedoras estrangeiras estão sob investigação (segundo as acusações).

Além do Brasil, o acordo sinaliza o repasse de propinas a autoridades de Angola, da Argentina, da Colômbia, da República Dominicana, do Equador, da Guatemala, do México, de Moçambique, do Panamá, do Peru e da Venezuela.

Tais acusações mesmo que sem provas e com fundamentações desastrosas do achismo, encontrou na Venezuela uma elite tão conservadora quanto a brasileira e no mesmo modo operacional, tentaram sem sucesso derrubar o governo do presidente eleito democraticamente Nicolás Maduro, assim como no Brasil surgiu o MBL, no país vizinho surgiu o Rumbo Libertad, com propostas parecidas e o mesmo discurso mentiroso e falacioso. O Rumbo Libertad é apoiador da lava jato venezuelana, porém com as declarações de Tacla Dúran o governo venezuelano resolveu tomar uma postura diferente da postura do governo brasileiro, o de realmente investigar o que está por trás da lava jato.
Tacla Dúran afirma que diversas planilhas foram alteradas assim como os sistemas MyWebDay e Drousys foram violados pela força tarefa brasileira e que essas informações foram passadas de formas alteradas e violadas para as policias dos demais países. Em depoimento a CPMI da JBS, Dúran confirmou as acusações. Ao tomar conhecimento das acusações o presidente  venezuelano  Nicolás Maduro incumbiu ao ministério da justiça venezuelana que investigasse o caso e se comprovadas as acusações solicite a Interpol a prisão de Sergio Moro, dos procuradores venezuelanos e brasileiros por crime que lesa a pátria e soberania venezuelana, aos procuradores venezuelanos ainda poderão ser processados por crime de traição e insurgência a presidência da Venezuela.

A pena para esse crime na Venezuela é de até 35 anos de cadeia, na prática a Venezuela não pode prender Sergio Moro e os procuradores brasileiros em solo brasileiro, mas se o pedido for aceito tanto Sergio Moro como os procuradores brasileiros estarão impedidos de deixarem o país, caso ocorra poderão ser presos em qualquer país.


Fonte: TV Venezuela
Partes do texto tirado da folha de São Paulo.
Texto: Pedro Oliveira e Ana Karine Lima
Colaboração de Matias Olizares (Jornalista venezuelano)

Edição: Gabriel Hammer

sábado, 2 de dezembro de 2017

A Invasão falso-moralista da "ideologia de gênero" campeia o interior do Brasil





















Por Gilmar Dantas

Vi esses textos de leis nas redes sociais! Isso é verdade, meu povo de Quixadá e Apodi? Caso seja... perguntas: Qual a função do Legislativo Local (Câmara de Vereadores)? Quanto à Temática “Gênero e Sexualidade” e sua abordagem na Escola, sobre o que poderiam os vereadores legislarem?

Observem que os textos das leis de ambas as casas legislativas são praticamente iguais! Pertenceriam eles à alguma espécie de corrente partidária, de algum movimento ideológico articulado e com ramificações em várias pontos do país?

Como duas casas legislativas, do interior de dois Estados da Federação, foram movidas a legislar, com os mesmos termos, acerca de algo tão específico?

Esses projetos de lei foram demandados pelas populações destas duas cidades por estarem acometidas pela mesma “urgência” de resposta a algum caos social causado por seus respectivos sistemas de ensino?

Por que esse “caos social” e a labuta dos vereadores nestas duas cidades se agudizaram neste mês de Novembro?

Muita sincronia entra as realidades dos dois municípios neste momento!

Mas, dada a necessidade de resposta urgente ao “problema” nos sistemas de ensino das referidas cidades, consideraram o fato muito importante e seus vereadores se dispusessem a debater a matéria. Contudo, se a matéria de que tratava os projetos de lei (debatidos e aprovados nestas duas casas legislativas) versava sobre “Currículo” e sobre a gestão do mesmo nos sistemas de ensino, esses vereadores (com auxílio de seus respectivos assessores, por nós financiados... e muito bem pagos!) deveriam se debruçar sobre a Legislação a que Estados e Municípios estão subordinados, segundo o pacto federativo! A Saber:


BRASIL. Decreto n. 2.208, de 17 de abril de 1997. Regulamenta o parágrafo 2º do art. 36 e os art. 39 a 42 da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 abr. 1997. p. 7.760.

______. Decreto n. 5.154, de 23 de julho de 2004. Regulamenta o parágrafo 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências. Revoga o Decreto n. 2.208, de 17 de abril de 1997. Brasília, DF, 23 de julho de 2004.

______. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. ARROYO, Miguel Gonzáles. Indagações sobre currículo: educandos e educadores: seus direitos e o currículo. Brasília, 2008.

______. Conselho Nacional de Educação (CNE). Resolução n. 3, de 26 de junho de 1998. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 5 ago. 1998a.

______. Conselho Nacional de Educação (CNE). Parecer n. 15, de 1 de junho de 1998. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília, DF, 1998b.

______. Conselho Nacional de Educação (CNE). Resolução n. 1, de 18 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Brasília, DF, 2002a.

______. Conselho Nacional de Educação (CNE). Resolução n. 2, de 19 de fevereiro de 2002. Institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior. Brasília, DF, 2002b.

______ Ministério da Educação. Orientações curriculares do ensino médio. Brasília, DF, 2004.

______. Conselho Nacional de Educação (CNE). Resolução n. 1, de 3 de março de 2005. Atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais Definidas pelo Conselho Nacional de Educação para o Ensino Médio e para a Educação Profissional Técnica de nível médio às disposições do Decreto n. 5.154/2004. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 11 mar. 2005.

______. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.

______. Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 2000. 

______. Congresso Nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional (Lei nº. 9.394/96). Diário Oficial da União. Brasília: pp.27.941-27.841, de 23/12.

______. Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (Parecer nº. 5/2011). Brasília, 2011.


Após esse “passeio” pela trajetória legislativa que “cerca” o currículo ou os currículos neste país, vereadores (secundados por seus assessores) poderiam ter observado que dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), da década 1990, às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), do mesmo período e alcançando todas as suas revisões até as de 2013 aparecem alguns termos, recheados de conceitos para as facetas da realidade escolar no que tange o currículo! Ora, se quero eu legislar sobre “currículo” terei como dever de casa, básico, revisitar todos esses documentos (leis federais, decretos, resoluções, pareceres), para, em seguida, elaborar um projeto de lei que mantenha a consonância com o fluxo legislativo que “regulam” os sistemas de ensino.

Dessa “cascata” de leis bebemos conceitos como: “competências”, “habilidades”, “componente curricular”, “flexibilização” curricular, “formação integral”, “contextualização” de conhecimentos, “transversalidade”, “autonomia”, “formação para a cidadania”, “formação para o trabalho”!

Sem sequer nos atermos à exposição de tais conceitos, é possível depreender que as leis municipais aprovadas não dialogam com os mesmos. Ou melhor, não há nenhuma alusão à estas dimensões, pois todas elas invalidam essas leis!

Por sinal, se “indagarmos” ao texto de tais leis sobre fragmentos dele próprio não será possível achar um “objeto” sobre o qual a legislação tentou incidir. Vamos aos fragmentos:
1) O que é “Ideologia de Gênero”?

2) O que é “grade de ensino”? “Grade curricular”?

3) E desde quando Ideologia de Gênero passou a ser uma disciplina? As Disciplinas Científicas e Escolares estão definidas em qual documento? Quantas delas existem em cada uma das etapas da Educação Básica?

4) E se todas as “disciplinas” tangenciarem as discussões sobre Gênero, nestas cidades não haverá mais disciplinas escolares nos currículos de suas escolas? Quais serão os elementos de seus currículos? Por que diretamente discutem gênero e sexualidade (orientação sexual): Língua Portuguesa, Ciências do Ensino Fundamental e Biologia do Ensino Médio, História, Filosofia e Sociologia!

5) A Lei se lança ao combate de uma prática social que parece pretender “extinguir o gênero masculino e ou feminino com o gênero humano”! São quantos movimentos que a Lei quer combater? Um que deseja destruir o gênero masculino e outro que pretende destruir o masculino e o feminino e, ainda, um outro que quer acabar com ambos os gêneros? É possível acabar os gêneros masculinos e femininos “com o gênero humano”? Então, estas cidades já perderam essa batalha, uma vez que o existência do “gênero humano” por si só aniquila os gêneros masculino e feminino! Assim sendo, não há mais necessidade de se lançar uma lei para preservar os gêneros, dada a existência do “gênero humano”!

6) No Art. 3º da lei anuncia-se: “Revogam-se as disposições em contrário”! Como serão revogadas nestas cidades a Constituição de 1988, LDB e as DCN? Não há como suspender diretrizes sobre “contextualização” do currículo para significar os conhecimentos à vida dos educandos, orientação sexual e conhecimento sobre identidade de gênero é um dos elementos dessa contextualização e da “formação integral” dos nossos jovens!

7) Se “sexo”, “sexualidade” e “identidade de gênero” são vivências a que todo ser humano está destinado a experimentar, como a escola ofertará uma “formação integral”, que abrange a “formação para a cidadania”, competências sociais como “respeito”, “tolerância”, espaços sociais divididos solidariamente entre todas as “diversidades” que compõem o meio social? Como serão “educados” os jovens dessas cidades quanto à essas “matérias”!

8) A “Educação Integral” é um Direito estabelecido em toda a “cascata” legislativa citada. Antes, porém, da última pergunta, retomemos o topo da pirâmide legal: A Constituição! Sobre a Educação ela determina: Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Pleno desenvolvimento da pessoa permite excluir estudos sobre a sexualidade humana e sobre identidade de gênero?

9) Como será implementada essa legislação municipal tomando em consideração essas contradições entre a Lei local e os documentos de âmbito nacional?

10) Qual a “substância” das proibições impostas que permite aos “fiscalizadores” identificar e reprimir as “práticas pedagógicas” proibidas?


Vemos, por mais este feito, a máquina pública ser utilizada para o desenvolvimento de ações completamente inócuas, desnecessárias e desconexas em relação às reais necessidades de melhorias sociais para as nossas populações. Os entes municipais capilarizam, por meio de ações desse tipo, todo o despropósito em que vem se tornando a nossa gestão pública do executivo federal, bem como o desserviço que nos legam os parlamentares do Congresso Nacional!
Tempos difíceis!

Meus pêsames aos cidadãos desses municípios que hão de digerir o “desentendimento” que é uma lei como esta que foi aprovada!

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Empresa de senador deve a Previdência e ele vai conduzir reforma previdenciária

No NBO

Empresa ligada ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), a Confederal Vigilância e Transporte de Valores tem ao menos R$ 8,478 milhões em dívidas previdenciárias com a União, segundo levantamento feito pela reportagem no site da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. O total é referente a três débitos com a União.
Como presidente do Senado, caberá ao peemedebista conduzir a votação das reformas trabalhista e da Previdência na Casa.

A maior dívida previdenciária da Confederal é de R$ 5,943 milhões referente à unidade em Brasília (DF). Os outros dois débitos são de R$ 1,479 milhão, no Rio, e de R$ 1,054 milhão, em Aparecida de Goiânia (GO) – todos estão inscritos na Dívida Ativa da União. O Ministério da Fazenda não divulga detalhes, sob o argumento de que é de “acesso exclusivo do devedor”.

Segundo a Fazenda, a Dívida Ativa é composta por todos os débitos com a União, de natureza tributária ou não, que não foram quitados por empresas ou pessoas físicas após o fim do prazo fixado para pagamento. De acordo com o órgão, a lista não traz débitos que estão sendo parcelados pelo devedor, suspensos por decisão judicial ou alvo de ação para discutir a natureza da obrigação ou valor.

Administrada pelo sobrinho de Eunício, Ricardo Lopes Augusto, a Confederal foi um dos alvos da Operação Satélites, deflagrada na terça-feira passada pela Polícia Federal como primeiro desdobramento da Lava Jato com base nas delações da Odebrecht.
Ricardo Lopes Augusto foi citado na delação do ex-diretor da empreiteira Cláudio Melo Filho. Melo disse à Procuradoria-Geral da República ter pago Eunício duas parcelas de R$ 1 milhão cada, entre 2013 e 2014. O valor seria contrapartida à aprovação de uma medida provisória. Segundo o colaborador, o peemedebista enviou o sobrinho como “preposto”.