sexta-feira, 28 de julho de 2017

Movimentos Populares fazem escracho em frente à casa do presidente do senado

No Brasil 247
Ceará 247 - Um grupo formado por cerca de 200 pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, Levante Popular da Juventude e Movimento dos Atingidos por Barragens promoveram um escracho, no início da manhã desta quinta-feira (27), em frente à casa do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Portando faixas e cartazes, os manifestantes denunciaram a atuação do parlamentar que, segundo eles, tem ajudado "a aprovar as medidas do Governo Temer, como a Reforma Trabalhista e Previdenciária, que têm prejudicado a população brasileira".
Manifestação faz parte da jornada de lutas organizada por movimentos populares que acontece em todo o Brasil e que foi batizada de "Escracho dos Golpistas. As manifestações visam denunciar os parlamentares.

terça-feira, 25 de julho de 2017

Indústria de armas e agronegócio bancam campanha de Bolsonaro pelo Brasil. Por Eduardo Reina

No DCM
“Agro é show, agro é pop, agro é tudo” é o que declama insistentemente propaganda na televisão, no horário nobre".
Mas agora também é bala, que junto à indústria da bala (armamentos, munição e segurança privada) está financiando o périplo do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) pelas cidades do Brasil para fazer palestras e campanha eleitoral.
Bolsonaro aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República na eleição de 2018.
Levantamento feito pelo DCM junto à imprensa, organizações do agronegócio no Mato Grosso e redes sociais do próprio deputado federal aponta que em 33 cidades visitadas, 16 tiveram patrocínio da “bala”, sete do agronegócio e dez de políticos, do partido e da cota parlamentar de Bolsonaro.
Outro destaque desses dados é que em 2016 Bolsonaro utilizou bastante dos contatos políticos para percorrer o Brasil em campanha, assim como a verba de gabinete que custeia viagens.
Foram oito cidades visitadas pelo Brasil com custos arcados pela área política, três pelo agronegócio e duas pela indústria da bala. Já nesse ano a cota parlamentar foi deixada de lado e as viagens passaram a sair dos bolsos da indústria da bala e segurança, com 14 viagens contra apenas uma da cota parlamentar.
O agronegócio bancou três passeios. Mas são para Mato Grosso, o estado do agronegócio onde Bolsonaro participou de debates em feiras do setor, que reúnem milhares de pessoas.
De dezembro de 2016 a abril último, Bolsonaro utilizou cerca de R$ 22 mil de sua verba parlamentar na Câmara para viajar a vários pontos, segundo a Folha de S.Paulo. Foi participar de palestras ou fazer visitas políticas, onde sempre foi recebido como candidato a presidente do Brasil. Ele nega estar em campanha.
No ano de 2016, das 13 localidades visitadas por Bolsonaro segundo o levantamento do DCM, duas tiveram custos arcados pela indústria da bala, três pelo agronegócio e oito por políticos e pela cota de passagens do deputado na Câmara Federal. Em duas ocasiões, em novembro e dezembro de 2015, uma foi bancada pelo agronegócio e outra por fundo político.
Ciceroneado pelo deputado federal pelo Solidariedade do Paraná, Francisco Francischini, delegado da Polícia Federal e ex-oficial do Exército e da Polícia Militar do Paraná, Bolsonaro esteve em Londrina e também Maringá em maio.
Na segunda semana de julho foi a Nioaque, Sidrolândia e Campo Grande, ambas no Mato Grosso do Sul, onde foi recebido em almoço pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Essa viagem foi organizada pelo deputado estadual Coronel David (PSC). A bancada da bala tem ampla ação contra o desarmamento, pelo endurecimento das punições a criminosos, além de reivindicar a redução da maioridade penal. É uma sólida base de apoio a Bolsonaro.
No vizinho Mato Groso, o militar da reserva discursou, em março último, durante a abertura da Farm Show 2017, na cidade de Primavera do Leste. Esta é a maior festa do agronegócio do sul do Mato Grosso.
Lá, Bolsonaro, que viajou a convite do presidente do Sindicato Rural de Primavera do Leste, José Nardes, afirmou ser favorável aos produtores rurais se defenderem de possíveis invasões com armas de fogo. “O cartão de visitas para o MST é um fuzil na cara”, disse. Nardes fez questão de ir a Brasília, no gabinete do parlamentar, para concretizar o convite para o evento.
Em março do ano passado, Bolsonaro já havia participado da abertura da mesma feira do agronegócio em Primavera do Leste. E trinta dias depois estava de volta, para participar da 9ª Feira de Tecnologia do Agronegócio, em Campo Novo de Parecis.
A presidente do Sindicato Rural de Campo Novo de Parecis, Giovana Velke, destacou na ocasião a importância para os produtores locais estarem participando desse tipo de debate, para ficar no “centro” desse debate, referindo-se à escolha dos candidatos à presidência da República.
Nas duas viagens ao Mato Grosso, o avião foi bancado pelo agronegócio. Bolsonaro voou pela WDA Táxi Aéreo. O proprietário Edson Guerra Dias escreveu numa rede social, quando postou uma foto ao lado do candidato palestrante, ainda no aeroporto: “Futuro presidente? Só se der zebra”.
Bolsomito em turnê no meio de seus seguidores
Em Parecis, Bolsonaro não esteve sozinho. No palco de exposições agrícolas também tiveram participação o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro (BOPE), Paulo Storani, que em sua palestra falou como construir equipes de alto desempenho baseado em método de treinamento militar.
“Uma tropa de elite é uma equipe de alta performance, que congrega os melhores resultados. Isso pode ser aplicado a qualquer time, seja do BOPE ou no Sindicato Rural, associação e empresas de qualquer setor da economia”, afirmou o militar, prontamente aplaudido pelos presentes e por Bolsonaro. A feira recebeu público aproximado de 32 mil pessoas.
Junto aos ruralistas, o possível candidato à presidência da República falou o que o público local queria ouvir. Destacou que as reivindicações ambientais, indígenas e quilombolas são empecilhos ao agronegócio, setor que realmente produz riqueza no Brasil. “Agronegócio é a locomotiva da nossa economia”, definiu.
Em janeiro deste ano, Bolsonaro foi visitar a pacata cidadezinha de Ribeira, de pouco mais de 3 mil habitantes, no paupérrimo Vale do Ribeira, em São Paulo. Ele morou no local com o pai, Geraldo, nos anos de 1962 a 1968. Visitou a prefeitura, andou pelas ruas e discursou na pracinha. No ano passado, bancado pelo PSC, partido que congrega várias alas evangélicas, esteve em Israel, onde foi filmado na terra sagrada.
Os movimentos Direita Paraíba, Ordem dos Conservadores, Foro Campina Grande e Legítima Defesa o levaram para as cidades de Campina Grande e Cabedelo, na Paraíba, em fevereiro último. Outra organização de direita, Movimento Direita Ceará, custeou uma passagem pelo estado em março de 2017.
O empresário Heitor Freire, que já foi candidato a vereador pelo PSC e vice-presidente da legenda no estado, pagou as despesas. Freire já havia levado o militar para participar do I Simpósio Direita na Terra da Luz em Fortaleza, julho de 2016.
Mas a aposta do PSC na candidatura presidencial de Bolsonaro pode ir por água abaixo. O deputado abriu conversas com vários outros partidos e pode migrar de legenda na possível disputa em 2018.
O gabinete de Bolsonaro em Brasília nega que o parlamentar esteja em campanha ou mesmo em pré-campanha eleitoral. Sobre as despesas pagas através da cota a que tem direito na Câmara dos Deputados, alegam que tudo está sendo realizado dentro dos preceitos legais e regimentais da Casa.
E que qualquer “denúncia” sobre mau uso da verba parlamentar é uma tentativa de colocar Bolsonaro junto aos políticos corruptos. Para o parlamentar, as viagens e convites acontecem por ele integrar a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, em que é suplente.

domingo, 23 de julho de 2017

67 dias e 67 noites de uma delação, por Joesley Batista - via GGN

Imagem: Carta Capital - No Jornal GGN
O empresário Joesley Batista, que balançou a República no pós-impeachment sem crime de Dilma, usou espaço na Folha para se posicionar quanto à sua participação em delação premiada, o julgamento público a que passa e os motivos que o levaram ao ato. Para ele, a delação o tornou um novo homem, renascido para trilhar um novo caminho, sem elos com a corrupção.
E tem mais. Diz que suas ações foram pensadas como forma de voltar ao rumo certo dentro das diretrizes da família e também como forma de preservar suas empresas e os 270  mil empregos que gera. Diz que foi para os Estados Unidos para proteger sua família e critica duramente os políticos que sempre se beneficiaram com recursos da J&F e que hoje passaram a criticá-lo, mentindo inclusive.
A imprensa e as redes sociais fizeram sua parte, dando conta de seus passos em fatos não verídicos. Ele considera que a multa aplicada pós delação cobre, e muito bem, os malfeitos à sociedade brasileira. E fará com que as próximas gerações da família entendam a importância desta lição.
Leia o artigo a seguir.
da Folha
por Joesley Batista
Dezessete de maio de 2017, aniversário de 12 anos de um dos meus filhos -que deixaria a escola e sairia do país a meu pedido-, foi também o dia do meu renascimento. Senti-me um novo ser humano, com valores, entendimento e coragem para romper com elos inimagináveis da corrupção praticada pelas maiores autoridades do nosso país.
Em vez de comemorar seu aniversário, minha filha juntou-se a milhões de brasileiros que tomavam conhecimento de episódios de embrulhar o estômago. Naquele dia vazou para a imprensa o conteúdo do acordo de colaboração premiada que havíamos assinado com a Procuradoria-Geral da República. Confesso que minha reação foi de medo, preocupação e angústia.
Afinal, uma semana antes estivera em audiência no Supremo Tribunal Federal para cumprir os ritos necessários à homologação do acordo. Era essa a notícia que eu estava ansiosamente aguardando, não a do súbito vazamento.
Desde então, vivo num turbilhão para o qual são arrastadas minha família, meus amigos e funcionários.
Imagens minhas e da minha família embarcando num avião, tiradas do circuito interno do Aeroporto Internacional de Guarulhos, foram exibidas na TV, como se estivéssemos fugindo. Um completo absurdo.
Políticos, que até então se beneficiavam dos recursos da J&F para suas campanhas eleitorais, passaram a me criticar, lançando mão de mentiras. Disseram, por exemplo, que, depois da delação, eu estaria flanando livre e solto pela Quinta Avenida, quando, na verdade, nem em Nova York eu estava.
Para proteger a integridade física da minha família, decidi ir para uma pequena cidade no interior dos Estados Unidos, longe da curiosidade alheia. Nessa altura, porém, eu já havia sido transformado no inimigo público número um, e nada do que eu falasse mereceria crédito.
Minha exata localização nem seria assim tão relevante, a não ser por revelar uma estrutura armada com o objetivo de transformar a realidade complexa, plena de nuances, num maniqueísmo primário, em que eu deveria ser o mal para que outros pudessem ser o bem.
Mentiras foram alardeadas em série. Mentiram que durante esse período eu teria jantado no luxuoso restaurante Nello, em Nova York; mentiram que eu teria viajado para Mônaco a fim de assistir ao GP de Fórmula 1; mentiram que eu teria fugido com meu barco.
A lista das inverdades não parou por aí. Mentiram que eu estaria protegendo o ex-presidente Lula; mentiram que eu seria o responsável pelo vazamento do áudio para imprensa para ganhar milhões com especulações financeiras; mentiram que eu teria editado as gravações.
Por fim, a maior das mistificações: eu teria estragado a recuperação da economia brasileira, como se ela fosse frágil a ponto de ter que baixar a cabeça para políticos corruptos.
De uma hora para outra, passei de maior produtor de proteína animal do mundo, de presidente do maior grupo empresarial privado brasileiro, a "notório falastrão", "bandido confesso", "sujeito bisonho" e tantas outras expressões desrespeitosas.
Venderam uma imagem perfeita: "Empresário irresponsável e aproveitador toca fogo no país, rouba milhões e vai curtir a vida no exterior".
A única verdade que sei é que, desde aquele 17 de maio, estou focado na segurança de minha família e na saúde financeira das empresas, para continuar garantindo os 270 mil empregos que elas geram.
Por isso, demos início a um agressivo plano de desinvestimento que tem tido considerável êxito, o que demonstra a qualidade da equipe e das empresas que administramos.
De volta a São Paulo, onde moro com minha mulher e meus filhos, vejo na imprensa políticos me achincalhando no mesmo discurso em que tentam barrar o que chamam de "abuso de autoridade".
Eles estão em modo de negação. Não os julgo. Sei o que é isso. Antes de me decidir pela colaboração premiada, eu também fazia o mesmo. Achava que estava convencendo os outros, mas na realidade enganava a mim mesmo, traía a minha história, não honrava o passado de trabalho da minha família.
Poucos mencionam a multa de R$ 10,3 bilhões que pagaremos, como resultante do nosso acordo de leniência. Essa obrigação servirá para que nossas próximas gerações jamais se esqueçam dessa lição do que não fazer.
Não tenho dúvida de que esse acordo pagará com sobra possíveis danos à sociedade brasileira.
Hoje, depois de 67 dias e 67 noites da divulgação da delação, resolvi escrever este artigo, não para me vitimar -o que jamais fiz-, mas para acabar com mentiras e folclores e dizer que sou feito de carne e osso. E entregar ao tempo a missão de revelar a razão.
JOESLEY MENDONÇA BATISTA, empresário, é dono do grupo J&F

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Entre outras coisas, Moro não entende de carro. Por Flávio Gomes

No DCM
Publicado no Facebook de Flávio Gomes.
O pavãozinho de Curitiba resolveu sequestrar os bens de Lula. Encontrou três apartamentos em São Bernardo do Campo e um terreno no Riacho Grande, além de um Ômega 2010 (não gosto do modelo) e uma Ranger 2012 (idem).
Na lista, não aparece o “bem” que resultou em sua condenação, o triplex no Guarujá. Nem sítio algum. O triplex foi confiscado na condenação, mas a Justiça ainda não achou o dono para comunicá-lo do fato — detalhe irrelevante. Portanto, ele continua lá, onde sempre esteve, e vazio, como sempre esteve.
Não sei bem o que o magistrado pretende com esse confisco, além de dar sequência a uma perseguição abominável ao seu alvo predileto, seu objeto de onanismo, o combustível que lhe faz levantar todos os dias pela manhã para dar o nó na gravata preta sobre a camisa idem.
Mas me chamou a atenção o desprezo por um dos veículos do ex-presidente, que como chefe do maior esquema de corrupção da história do planeta conseguiu amealhar patrimônio decididamente invejável: além de três apês e um terreno no ABC, um incrível Ômega, uma possante Ranger e uma… INACREDITÁVEL PICAPE FORD F1000 1984!!!!
Caralho, uma F1000! E 1984! DIESEL, PORRA!!!! IGUAL A ESSA AÍ EMBAIXO!!!!
Não sei o estado dela, porém. Tomara que esteja linda como essa da foto que achei na internet.
De fato, Lula roubou muito. É notória a preferência, na história dos grandes larápios de dinheiro público do planeta, por apês em Bernô e terrenos no Riacho Grande, assim como por caminhonetes usadas.
Aliás, queria dizer uma coisa. Esse negócio de avião, helicóptero, casa de 20 mil metros nos Jardins (com muros imaculados e IPTU sonegado), mansão em Campos do Jordão (com terreno invadido para colocar o gerador), apartamento em Miami (não declarado), estúdio em Paris, cobertura na Vila Olímpia, contas na Suíça, joias, Porsches, Ferraris, Lamborghinis, iates, lanchas… Sério, alguém acha que isso pode ser fruto de dinheiro sujo? Isso é coisa de jeca, mesmo, de novo-rico que curte um Romero Britto, sua arte.
Roubalheira de gente grande resulta em uma F1000 1984, que o pavãozinho de Curitiba, inclusive, decidiu não confiscar. No seu despacho de sexta-feira, que veio à tona hoje, está lá, com todas as letras: “A constrição do veículo Ford F1000, de 1984, indefiro pela antiguidade do veículo, sem valor representativo”.
Gostaria de me ater a este rasgo de generosidade do togado do rosto quadrado, uma vez que é área na qual milito, a dos automóveis e afins.
COMO ASSIM, UMA F1000 NÃO TEM VALOR REPRESENTATIVO? DE QUE PLANETA VEIO ESSE CIDADÃO? COMO PODE DIZER ISSO DE UM CLÁSSICO DA FORD, QUE VEIO PARA DESBANCAR A D10 DA CHEVROLET E FEZ DAS PICAPES UM SONHO DE CONSUMO DOS JOVENS URBANOS, TIRANDO-AS DAS ESTRADAS POEIRENTAS DO BRASIL?
Nota-se que o meritíssimo não entende um caralho de carro, entre outras coisas.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Compra da sobrevida de Temer custou R$ 15 BI

No Brasil 247
A permanência de Michel Temer no poder custa cada vez mais caro ao Brasil; levantamento do jornal O Globo, que liderou o golpe contra a presidente legítima Dilma Rousseff, demonstra que a vitória de Temer na Comissão de Constituição e Justiça custou nada menos que R$ 15 bilhões – dos quais, R$ 1,9 bilhão em emendas parlamentares e R$ 13.4 bilhões em recursos liberados para aliados para aliados políticos; Dilma caiu acusada de "pedaladas fiscais", mas manteve superávits em todos os anos do primeiro mandato e teria apenas um déficit em 2015, que poderia ter sido zerado com a volta da CPMF; Temer trabalha com metas de "ajuste fiscal" da ordem de R$ 179 bilhões – e mesmo assim pode ser incapaz de cumpri-las.

Sabe tudo aquilo que você ouviu nos últimos anos sobre ajuste fiscal? Que a presidente legítima Dilma Rousseff havia arrebentado as contas públicas e que seu sucessor Michel Temer estaria colocando a casa em ordem?

É justamente o contrário – e essa realidade começa a ser admitida até pelo jornal O Globo, que esteve à frente do golpe parlamentar de 2016.
O jornal demonstra que a permanência de Temer no poder custa cada vez mais caro ao Brasil. Um levantamento publicado neste domingo demonstra que a vitória de Temer na Comissão de Constituição e Justiça custou nada menos que R$ 15 bilhões – dos quais, R$ 1,9 bilhão em emendas parlamentares e R$ 13.4 bilhões em recursos liberados para aliados para aliados políticos.
Dilma caiu acusada de "pedaladas fiscais", mas manteve superávits em todos os anos do primeiro mandato e teria apenas um déficit em 2015, que poderia ter sido zerado com a volta da CPMF.
Temer trabalha com metas de "ajuste fiscal" da ordem de R$ 179 bilhões – e mesmo assim pode ser incapaz de cumpri-las. Especialmente porque, fragilizado e apontado como corrupto por 80% dos brasileiros, precisa se segurar no cargo comprando apoio parlamentar.

sábado, 15 de julho de 2017

Dilma vence na Justiça e Istoé terá que publicar direito de resposta da ex-presidenta

Na FÓRUM
A Editora Três, responsável pela revista Istoé, terá que ceder direito de resposta, já em sua próxima edição, à ex-presidenta Dilma Rousseff. A petista ganhou na Justiça uma ação contra a revista por conta de uma matéria de julho de 2016 intitulada “Mordomia: carros oficiais a serviço da família de Dilma”.
A decisão, publicada nesta sexta-feira (14) pela juíza  Karla Aveline de Oliveira, da Vara Cível do Foro Regional Tristeza, determina que o direito de resposta seja publicado com o mesmo destaque, espaço e diagramação ao da matéria em questão, sob pena de multa de de R$ 20 mil por descumprimento.
Na matéria, a Istoé tentou associar à praticas da ex-presidenta uma ilegalidade que não existe, que é a utilização de veículos oficiais pela administração pública federal. A magistrada considerou que a matéria é tendenciosa por ferir a honra e a imagem da petista em uma data próxima ao julgamento do impeachment que a afastou do poder.
Para Oliveira, a matéria da Istoé envolve machismo e representa, segundo ela, o “mau jornalismo”.
“Pode-se afirmar que a revista semanal, de amplo espectro e permeabilidade, disponível em diversas plataformas e que já esteve sob comando de respeitados jornalistas e diretores em seu passado, atualmente, trilha o caminho de um mau jornalismo, ao apresentar, no mínimo, duas interpretações distintas para o mesmo tipo de episódio, divulgar chamadas apelativas e demonstrar conotação tendenciosa, quiçá machista, ao se referir à ora autora, ultrapassando o caráter meramente informativo e crítico em sua reportagem”, escreveu em sua decisão.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Nota oficial: Condenação de Lula representa ataque à democracia

No PT.org
A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva representa um ataque à democracia e à Constituição Federal. Embora seja uma decisão de primeira instância, trata-se de medida equivocada, arbitrária e absolutamente ilegal, conduzida por um juiz parcial, que presta contas aos meios de comunicação e àqueles que não aceitam a trajetória de sucesso de Lula na presidência.
A sentença está baseada exclusivamente em delações premiadas negociadas ao longo de meses com criminosos confessos, e simplesmente validam as convicções contidas na acusação de procuradores do Ministério Público Federal, sem que houvesse a apresentação de provas que justifiquem a condenação nos termos expressos pelas leis brasileiras.
Lula não está acima da lei, tampouco abaixo dela. O que ocorre é um processo de perseguição que se constitui em uma aberração constitucional; um caso típico de lawfare, em que se utilizam recursos jurídicos indevidos como fim de perseguição política. Em seu caso, busca-se imputar-lhe crimes com base em teorias respaldadas apenas pela palavra de condenados, incapazes de comprovar suas afirmações por meio de documentos ou de transferências bancárias.
A condenação de Lula é mais um capítulo da farsa capitaneada pelo consórcio golpista que assumiu o País para suprimir direitos sociais e trabalhistas, ampliar o tempo para as pessoas se aposentarem, cortar gastos essenciais em Saúde e Educação e, principalmente, vender empresas estatais importantes como a Petrobras, a Infraero, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil.
Curiosamente, a sentença saiu um dia depois da votação de medidas que retiraram direitos dos trabalhadores, e agora serão esquecidas.
O PT vai manter sua defesa intransigente a Lula, por acreditar em sua absoluta inocência. Lula é uma liderança reconhecida no mundo pelos avanços promovidos à frente da Presidência. Hoje, mais do que nunca, nos solidarizamos com Lula, e com seus filhos e netos. Além disso, reforçamos nosso pesar pela morte de sua mulher Marisa Letícia Lula da Silva. Sabemos que haverá Justiça nas outras instâncias do julgamento e que toda a verdade virá à tona. A história será a principal testemunha de sua absolvição e de sua grandeza.
Viva Lula!
Partido dos Trabalhadores

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Dino: 'Caos político é o preço que se paga por violar a Constituição'

No Brasil 247
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), usou as redes sociais para criticar a atual crise política do governo Michel Temer e afirmar que a depressão econômica, que deixou mais de 14 milhões de desempregados e retraiu investimentos em todos os setores econômicos, é fruto do "caos politico".

"Caos político leva a crise de confiança, que retrai ainda mais investimentos. Esse é o preço de violar a Constituição", postou Dino.
Dino, que vem se consolidando como uma das mais vozes mais formas na oposição ao governo Michel Temer, teria sido sondado para ser o eventual vice de Lula nas eleições presidenciais de 2018.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Situação de Temer está se deteriorando. É o medo de Lula…

No Tijolaço
A escolha de Sérgio Zveiter para a relatoria do processo de aceitação ou recusa da denúncia contra Michel Temer fragilizou, mais do que se admite na mídia, a situação do ocupante do Palácio do Planalto, com toda a fisiologia a que este se entrega.
A Globo e a direita chegaram à conclusão de que é necessário tirar Michel Temer, objeto do desprezo popular, para ter alguma chance em 2018.
Assim como jogaram ao lixo Aécio Neves.
O bem-informado Fernando Rodrigues, na newsletter Drive, que distribui para assinantes, reenviada por amigos, diz que o atual  presidente “transformou-se em um produto corrosivo para quem deseja concorrer na eleição de 2018. Se Temer continuar presidente, a disputa do ano que vem será uma Disneylândia para Lula e petistas.”
Os “contadores de voto” de Brasilia dizem que Temer precisa conquistar sete votos na Comissão de Constituição e Justiça, porque perdeu três, dos 30 que tinha.
Rogério Rosso, empedernido temerista, reconheceu na Globonews que “o cenário é difícil”.
Há uma imensa mosca pousada sobre Rodrigo Maia.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Reajustes de preços da gasolina e diesel podem ser diários, anuncia Petrobras

Na RBA
A Petrobras anunciou nesta sexta (30) mudanças na sua política de reajuste dos preços da gasolina e do diesel comercializados em suas refinarias em todo o país. Os reajustes poderão, a partir da próxima segunda-feira (3), ocorrer em menor espaço de tempo, com a possibilidade de serem até diários, dependendo das oscilações do preço do produto no mercado externo.
A revisão da política de preços da estatal foi aprovada quinta-feira (29), pela Diretoria Executiva e comunicada hoje à imprensa e ao mercado pelos diretores de Finanças e Relacionamento com os Investidores, Ivan Monteiro, e de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino.
"Com as alterações, a partir de segunda-feira (3), a área técnica de marketing e comercialização da companhia terá delegação para realizar ajustes nos preços, a qualquer momento, inclusive diariamente, desde que os reajustes acumulados por produto estejam, na média Brasil, dentro de uma faixa determinada (-7% a +7%), respeitando a margem estabelecida pelo Gemp (Grupo Executivo de Mercado e Preços)", informou a diretoria.
Qualquer alteração fora dessa faixa terá que ser autorizada pelo grupo, composto pelo presidente da estatal Pedro Parente e pelos diretores executivos de Refino e Gás Natural e Financeiro e de Relacionamento com Investidores
Na avaliação do diretor Ivan Monteiro, a mudança "representa um novo marco na politica de preços da companhia ao dar maior liberdade e margem de ação à área comercial, que terá liberdade para praticar [para cima ou para baixo] reajustes até mesmo diariamente".
Para Jorge Celestino, diretor da Área de Refino e Gás natural, "os ajustes que vinham sendo praticados, desde o anúncio da nova política em outubro do ano passado, não vinham sendo suficientes para acompanhar a volatilidade crescente da taxa de câmbio e das cotações de petróleo e derivados no mercado externo".
No entendimento da diretoria da estatal, "com a revisão anunciada, a nova política de preços aprovada permitirá maior aderência dos preços do mercado doméstico ao mercado internacional no curto prazo e possibilitará à companhia competir de maneira mais ágil e eficiente, recuperando parte do mercado que vinha perdendo para os derivados importados".
Os diretores fizeram questão de ressaltar que, com as alterações, "os princípios da política de preços, aprovada em outubro de 2016, permanecem inalterados, levando em consideração o preço de paridade internacional (PPI), margens para remuneração dos riscos inerentes à operação, impostos (PIS, Cofins e ICMS) e o nível de participação no mercado".
No último reajuste anunciado pela Petrobras, ainda na vigência da atual política, feito no dia 14, o diesel subiu 5,8% e a gasolina 2,3%.
Os diretores anunciaram, ainda, que os reajustes futuros no preço dos combustíveis passarão a ser divulgados pela internet, no site da companhia (www.petrobras.com.br/precosdistribuidoras) e nos canais internos de comunicação aos clientes.